sábado, 28 de agosto de 2010

SOCIALISMO

SOCIALISMO I

O Brasil é um país ‘socialista’. Nosso modelo econômico virou socialista. É a pura verdade. Insisto na tese. Um país onde o Estado fica com R$ 4 de cada R$ 10 que a sociedade produz, sob a justificativa de que tudo é universalizado, é sim socialista. O Estado é sócio de todos nós. Pior. O Estado Brasileiro não é apenas sócio, e sim nosso patrão, porque mesmo que não tenhamos lucro em nossas empresas, em nossas vidas, pagamos ao patrão. É um socialismo torto, tosco e injusto. Mas nada diferente de como manda a boa cartilha do socialismo. O curioso é que tem muita gente que se surpreende, se escandaliza quando afirmo isso. Pare e reflita sobre isso. Então talvez você entenda a razão de nunca termos um partido, uma liderança ou um candidato a presidente comprometido com o liberalismo e a economia de mercado como ela deve realmente ser: livre.

SOCIALISMO II

É revelador o fato de que não exista no Brasil uma perspectiva liberal, verdadeira, onde a pregação seja um Estado mais enxuto, menos perdulário e, em consequência, que precise extorquir mais e mais seus cidadãos.

SOCIALISMO III

A arrecadação de impostos no Brasil atingiu R$ 67,97 bilhões em julho. É um novo recorde para o mês, segundo a Receita. Com esse resultado, a arrecadação acumula R$ 447,46 bilhões de janeiro a julho deste ano. Ainda é pouco. Com o inchaço da máquina pública promovido durante os 8 anos de Lula, vai ficar pior. Dinheiro não dá em árvore e a maneira de pagar será aumentando tributos.


FAMILY BAG

O pagamento mensal de benefícios do programa Bolsa Família começa nesta quarta-feira (18). O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai transferir recursos para 12,7 milhões de famílias atendidas pelo programa.
É também o que, provavelmente, garantirá a eleição de Dilma.


MERO ACASO

O tucano José Serra esteve na Fiergs onde participou de reunião com 80 empresários gaúchos na noite de segunda-feira. O presidente da entidade anfitriã, Paulo Tigre, saudou o ex-governador de São Paulo e destacou que ‘a FIERGS e o CIERGS não são entidades partidárias. Não podem nem tratam de questões eleitorais’. Acredito. O Sebrae-RS, com seus milhões de reais para investir, caiu no colo do PT na gestão Paulo Tigre por mero acaso.


DE RELHO

Depois de voltar do Chile, este pequeno país que dá de relho no Brasil nos indicadores sociais e de civilidade, me peguei pensando as razões de escondermos o Chile na mídia. Pensem comigo: emissoras de TV brasileiras têm correspondentes permanentes ou eventuais em Buenos Aires, Bogotá e até Caracas. No entanto, nunca temos informações sobre o Chile, seu sistema político, sua economia, etc. E sabem a razão? Porque cada vez que o Chile aparecesse na TV teríamos vergonha do que somos, da nossa incompetência como país.


CAOS?

Os aeroportos brasileiros podem sofrer novo colapso, conforme alerta a ANDEP - Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo. Após os atrasos e cancelamentos de voos sem uma explicação clara e objetiva, além da justificativa de nevoeiros muito comuns nesta época do ano, o início da venda de passagens aéreas para as classes C e D poderá representar um novo gargalo no sistema aeroviário brasileiro. A infraestrutura está capenga e o setor carece de investimentos. Esta é a constatação do consultor jurídico da entidade, Marcelo Santini. Ainda não há um número exato do crescimento deste mercado, porém a estimativa é de aumento na venda ao redor de 10 milhões de passagens por ano com o ingresso deste novo público consumidor. De acordo com dados da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), o número de passageiros transportados vem crescendo acima de 20% ao ano desde 2000. Somente até abril deste ano, o aumento já era superior a 23% em comparação ao mesmo período do ano passado. ‘Os números são alarmantes, pois não existe uma definição clara de estratégias para a infraestrutura aeroviária brasileira. Se continuar assim, um apagão aéreo é questão de meses’, afirma Santini.


ARTIGO: QUEM PRECISA DE CENSURA?

Dia desses, um jornalista catarinense dos bons e amigo melhor ainda me confidenciou, magoado, que estava sofrendo pressões do veículo no qual trabalha por conta de suas posições políticas. Contou-me que, durante muitos anos, exprimira suas convicções livremente, pois que eram muito semelhantes ao pensamento e a opção editorial dos mesmos veículos, dos mesmos patrões. No caminho da constatação de que as coisas mudaram – e como -, um belo dia ele foi chamado a uma conversa com o editor-chefe, que, por sua vez, havia sido provocado pelo diretor comercial que, por coincidência, era filho do patriarca. Ele foi informado que o cliente privado XPTO estaria tirando a verba da publicação caso ele permanecesse com sua linha de posicionamento. Ao ouvir o relato, perguntei a mim mesmo ‘quem precisa de uma censura governamental se já temos, entre nós, mecanismos horrorosos de opressão e intimidação, públicos e também privados, capazes de submeter inclusive aqueles que, outrora, foram formidáveis e providenciais líderes de opinião?’.
Até mesmo o atual governo se deu conta de que não precisa mais se preocupar com essas polêmicas trivialidades. Descobriu que é muito mais fácil ligar para a agência de propaganda, que liga para o dono do jornal, que chama o jornalista e apela para o seu ‘bom senso’. ‘Fulano, estou com as mãos atadas e precisamos deste patrocínio...se tu continuares dando porrada, vamos perder esta receita e não poderemos mais arcar com teu polpudo salário...’.
Depois desta descoberta, tão vil ou ainda pior do que invasões truculentas e armadas às redações, acabou o estresse de ter de aprovar um projeto como o tal Controle Social da Mídia, proposto e retirado do programa de governo de Dilma no TSE. O repórter aquele está incomodando? Avisa o dono da TV que a concessão dele vai ser questionada, que o BNDES vai abrir uma linha exclusiva para redes que não a dele e manda tirar aquela mídia gigantesca do grupo. O repórter logo terá apenas duas opções: calar-se ou demitir-se.
O problema são os ciclos de persistência, cada vez mais frágeis e desprovidos de qualquer convicção que não se renda às eficazes baionetas econômicas. E o que eu chamo de ciclo de persistência de líderes de opinião de outrora, está com os dias contados. O empresário, dono do jornal ou da TV, mudou de opinião quanto ao capitalismo, à livre iniciativa e à soberania do mercado? Provavelmente não. Sua postura empresarial diante de uma perspectiva não só de sobrevivência, mas de crescimento, ao se aliar aos novos mandatários, esta sim, em vários casos, mudou muito. Afinal de contas, ele é um empresário e não um monge e pode, sim, fazer o que quiser com seu patrimônio. Ficará mal nesta história quem costumava trabalhar com o antigo chefe, aquele que sobreviveu e prosperou nos anos de direita e centro e que, agora, não tem como ser clicado na mesma foto com um chefe que também deseja sobreviver e prosperar em tempos de PT e sua ‘nova ordem’.
Eu disse ao meu amigo, com a sinceridade que ele sempre me mereceu, que ou ele mudava de lado ou de profissão. O Brasil não precisa mais de uma censura verde-oliva. O Brasil tem hoje uma censura capitalista, ainda mais implacável, pública e também privada, que, se por um lado não confisca computadores, assim o faz com vozes, textos, imagens.
A história da nova censura brasileira poderá ser bem pior do que a da Venezuela de Chávez e sua Globovisión.

por Glauco Fonseca (glfonseca@terra.com.br)

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